quarta-feira, 14 de abril de 2010

TRE cassa vereador de BH acusado de compra de votos

Magalhães (PMN) afirmou que vai recorrer da decisão no TSE

O vereador da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PMN) foi cassado na terça-feira à noite pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) por compra de votos e abuso de poder econômico na campanha de 2008. Segundo mais votado nas eleições, o vereador também pode se tornar inelegível por três anos, após a publicação definitiva da sentença. Dos sete juízes eleitorais, três foram a favor de sua inelegibilidade e três contra. O voto de minerva deverá ser dado pelo presidente do TRE-MG, desembargador Baía Borges, na sessão de segunda-feira.
 
O relator do caso foi o juiz Maurício Torres, que votou pela cassação afastando a inelegibilidade do vereador pelos próximos três anos, e determinou a comunicação à Mesa da Câmara Municipal para posse do primeiro suplente da Coligação “Juntos Por BH” (PSB, PMN e PP) após a publicação da decisão e julgamento de eventuais embargos.
 
Magalhães foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de ter feito entregas de sopa a pessoas carentes em uma casa de assistência social com o intuito de conseguir votos em 2008. Além disso, ele teria distribuído um jornal (na Região Noroeste de Belo Horizonte), intitulado "Jornal do Magalhães", com tiragem de 20 mil exemplares, no qual diz responsável pela realização de diversas obras na capital.

O vereador afirmou que vai recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele garante que a sopa distribuída durante a campanha foi feita por uma cabo eleitoral sem o seu conhecimento. “Eu aluguei dela um carro e uma aparelhagem de som sem saber que ela tinha um trabalho de distribuição de sopa. Ela aproveitou e colou os cartazes da minha campanha nesse carro que entrega sopa e alguém me denunciou”, defendeu-se o vereador.
 
Alessandra Mello - Estado de Minas

Publicação: 14/04/2010 06:24 Atualização: 14/04/2010 07:40

"O TRE agora está fazendo o seu trabalho com presteza."