quarta-feira, 29 de abril de 2009

Vereadores pressionam PBH por cargos comissionados


A nomeação para os 300 cargos comissionados de segundo e terceiro escalão da Prefeitura de Belo Horizonte se tornou um cabo de guerra. Vereadores e partidos têm pressa. A administração Márcio Lacerda (PSB), não. São 1.300 indicados, de todo os 19 partidos políticos representados na Câmara Municipal de Belo Horizonte, uma lista que não para de inchar.
A cada dia novos currículos aterrissam sobre as mesas das assessorias do prefeito. Os interessados são submetidos a um crivo técnico que envolve a análise do perfil e das habilidades, entrevistas e, em alguns casos, até prova escrita. A tantos critérios soma-se a equação política: ainda que de antemão se saiba que mais de três quartos das indicações serão rejeitadas, é preciso encontrar certo equilíbrio entre os contratados, que terão de ser distribuídos proporcionalmente ao peso e ao apoio esperado em plenário.A seleção é descentralizada e ocorre nas secretarias e diretorias. Ao final do quarto mês de governo, não mais do que 10% dos cargos foram preenchidos.
“É tempo demais”, reclamam vereadores que pretendem ser base de governo, ainda que durante as eleições tenham apoiado outros candidatos. Alguns dos mais próximos, que estiveram com Lacerda desde o primeiro turno, são mais contundentes na cobrança, até porque são mais pressionados pelas bases que os apoiaram e, em alguns casos, foram exonerados do governo em dezembro. “Daqui a pouco haverá greve em plenário”, sugere um deles. O líder do governo, Paulo Lamac (PT), rebate: “O que funciona sob pressão é panela.
A orientação é fazermos diálogo franco e aberto”.Com um viés mais empresarial do que político, Márcio Lacerda não se apressa. Para ele, as escolhas terão repercussão sobre o andamento dos projetos estruturadores, sobre os quais repousa o sucesso administrativo de seu governo. “A máquina pública está aí para prestar serviço ao cidadão. Se não tiver pessoas qualificadas, não vai cumprir a sua missão. É preciso ser criterioso ”, argumenta Márcio Lacerda. “Estou indo por etapas. É mais lento do que esperávamos.
É um mosaico complicado: são muitos partidos e o número de vagas é pequeno”, acrescenta Lacerda. O prefeito afirma sem constrangimento: “Até hoje essa foi para mim uma das tarefas mais difíceis da minha vida”. Ao final do processo de seleção, que Lacerda sabe, não será concluído este mês e provavelmente não no próximo, nem todos podem estar satisfeitos. “A ordem é conversar”, considera o prefeito.VotosPara vereadores, o conceito de resultado é bem diferente.
Muita conversa com pouco atendimento das demandas é conversa malsucedida. Por enquanto, o plenário é cauteloso. Dos 41 vereadores, só a bancada peemedebista se declara independente. Mesmo assim, até agora tem sido de uma independência cordial: nenhum projeto de interesse do governo já está em condições de tramitar em plenário. O fato é que não se sabe como será o comportamento nas negociações que antecedem a aprovação das matérias, não apenas dos vereadores independentes, como dos novatos e da base aliada, caso contrariada sistematicamente.O primeiro grande teste de fogo de quem é base de governo será na votação do novo Código de Obras, matéria do Executivo encaminhada à Câmara Municipal, que ainda tramita nas comissões.
A PBH encaminhou ainda outros três projetos: a criação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Conselho Municipal de Esportes e, na terça-feira, projeto que autoriza a contratação de mais professores, dada a abertura de vagas para a educação infantil, o que suporá provavelmente novos concursos públicos. Nenhum dos projetos já percorreu o rito que antecede o plenário. Portanto, neste momento, o poder de pressão dos vereadores é pequeno. A pauta de votação está repleta de matéria dos próprios parlamentares. Quem propõe greve branca, como forma de pressionar o governo, pode dar um tiro no pé. “Não podemos fazer greve contra os nossos próprios projetos”, afirma Luzia Ferreira (PPS), presidente da Câmara Municipal.
"Seria muito assustador se os vereadores brigassem para trabalhar para a população, mas pedir cargos para alguns isso já é de praxe. É bom para os belo-horizontinos aprenderem a votar, Teremos mais 4 anos de pura sacanagem."
uai

2 comentários:

Diana disse...

"Cabo Júlio agora lança-se como candidato a vereador em BH. É muita cara de pau. Mas o povo de BH saberá dar-lhe a resposta adequada a operação sanguessuga."
"O povo não está tão bobo assim. Espero que pessoas com essa conduta nunca mais volta a vida política."Postada por Vaca Louca".

Então parece q o povo é bobo sim, e o povo n soube lhe dar a resposta
Eu n tô falndo...

Diana disse...

Cada Cabo Júlio tem o eleitor que merece, e vice versa.