quinta-feira, 31 de maio de 2007

Vereadores de BH e o nepotismo que corre solto.

Nepotismo dentro e fora dos gabinetes em BH

Mais da metade dos vereadores de Belo Horizonte emprega parentes em seus gabinetes. Conforme levantamento feito por O TEMPO por meio de uma lista de funcionários da Câmara Municipal, dos 41 membros do Legislativo da capital, pelo menos 21 praticam o polêmico exercício do nepotismo, que se estende por vários setores da Casa e até mesmo para autarquias ligadas à Prefeitura de Belo Horizonte.

Os assessores nomeados são dos mais diversos graus de parentesco, incluindo mulheres, mães, filhos, netos, noras e primos dos parlamentares.
O número de parentes nomeados também varia de acordo com a vontade de cada vereador, já que o projeto de lei que proíbe a formação de cabides de emprego no Legislativo nunca saiu do papel.

No meio da farra de cargos efetivada com dinheiro público, há quem destine aos seus consangüíneos praticamente a metade das vagas disponíveis nos gabinetes.
Pelo regimento interno, cada vereador tem o direito de consumir R$ 28 mil por mês para o pagamento de até 15 assessores de gabinete, que ocupam cargos de confiança com salários que variam de R$ R$ 367,50 a R$ 6.468 mensais, para uma jornada de oito horas diárias.

O nepotismo em outros níveis de governo também não é raro. É o caso da vereadora Sílvia Helena (PPS). Ela nomeou a filha para cargo de confiança no gabinete da Câmara e o marido arranjou colocação profissional como secretário adjunto de serviços sociais na regional oeste da prefeitura.

De acordo com a vereadora, o emprego para o marido no âmbito do Executivo municipal foi conquistado às custas da aliança política firmada entre o PPS e o PT, em 2004, para eleger o prefeito Fernando Pimentel (PT).

Sílvia Helena contou que, em troca do apoio político, seu partido apresentou uma lista com nomes para serem indicados para cargos na prefeitura.
Isso não é nepotismo. Não tem nada a ver, porque não foi uma indicação minha e, sim, do meu partido. O fato de ser vereadora não pesou na escolha?, garante a parlamentar pepessista.

A líder do governo na Câmara, vereadora Neusinha Santos (PT), também preferiu não empregar seus consangüíneos diretamente em seu gabinete. O irmão da petista recebe seu contracheque na seção de Registro Normativo, repartição da Câmara que funciona como um banco de dados dos projetos de lei dos vereadores.

Neusinha garante que não intercedeu em favor do emprego para seu irmão. Antes de pensar em ser vereadora, ele (o irmão) já trabalhava aqui. Agora, para te falar a verdade, não sei dizer se ele é concursado ou não?, afirma a parlamentar.

O vereador Preto (DEM) emprega a mulher, irmãos e cunhada. Curiosamente, o democrata, que se proclama vereador de oposição, também conseguiu colocação profissional para seus parentes nos quadros da Prefeitura de Belo Horizonte.
Um dos irmãos e a mulher dele trabalham na regional oeste, principal reduto eleitoral do político. Nenhum deles é concursado.

Mesa Diretora Quem poderia dar o exemplo não o faz. Na Mesa Diretora da Câmara, dos sete integrantes, seis empregam parentes. O corregedor da Casa, advogado e vereador Anselmo Domingos (PTC), não abriu mão do nepotismo.
Nomeada há dois meses, sua mulher deixou o cargo de oficial legislativo II, no qual é concursada desde 1983, para virar assistente da Diretoria Geral. Maria Lúcia Scarpelli (sem partido) favoreceu a mulher do filho.

Cedida pela Beneficência da Prefeitura Municipal (Beprem), órgão voltado aos interesses dos aposentados, a nora da vereadora foi remanejada para a seção odontológica da Câmara, onde trabalha como dentista, sem ser concursada.
Parlamentares afirmam que prática é permitida

A maior parte dos vereadores é unânime ao reafirmar que não terá dificuldades em vedar a prática do nepotismo depois que a Câmara dos Deputados decidir sobre o tema. Um dos vereadores que tem esse entendimento, de somente exonerar depois que for proibido por lei, é o pastor e vereador Autair Gomes (PSC).

Sem o menor constrangimento, o parlamentar empregou a filha em seu gabinete. Ele alega que não existe legislação que o impeça. ?Nepotismo é relativo. Quando baixarem uma portaria sobre o assunto, mandamos exonerar?, minimizou o membro da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

O vereador Hugo Thomé (PHS), além dos três irmãos que abriga em seu gabinete, conseguiu uma colocação profissional para a prima, na divisão de Atendimento e Redação, órgão da estrutura da Casa.

Em relação ao cabide de empregos que concebeu, o parlamentar da capital justifica: ?Não faço nada escondido. Meus eleitores estão cansados de saber que dou emprego para meus irmãos que sempre estiveram comigo. Além disso, eles são funcionários competentes que não deixam de cumprir as suas obrigações?, alegou o parlamentar do PHS.

Políticos alegam que serviço é vonluntário
Alguns casos são curiosos na Câmara. O vereador Alexandre Gomes (sem partido) contou que seu filho trabalha como estagiário voluntário em seu gabinete. Ele garante que o descendente não foi nomeado formalmente, por isso, não possui vencimentos da Câmara.

Pago do meu próprio bolso R$ 200 para o menino aprender a trabalhar?, relatou. O veterano Ronaldo Gontijo (PPS) e o novato Wellington Magalhães (PR) empregam o sobrinho e a irmã, respectivamente, mas também garantiram que eles fazem serviço espontâneo, sem remuneração da Casa.

Meu sobrinho é estudante de direito, por isso, freqüenta meu gabinete para aprender a legislação?, diz Gontijo. Já Magalhães sugeriu reportagem sobre nepotismo em relação aos deputados federais mineiros.

Aqui a imprensa não vai encontrar nada demais. Nós somos café pequeno?, afirmou. Ronaldo Gontijo emprega também uma prima. Mas, segundo ele, o caso não caracteriza prática de nepotismo e argumenta:
É uma prima de longe, de terceiro grau. A norma fala que a vedação vai até segundo grau?. avaliou.
Atualmente, a Câmara mantém 795 cargos, incluindo os de confiança e os preenchidos por concurso público, conforme informou a Mesa Diretora da Casa ao Ministério Público (MP), em 27 de março deste ano.

Mas, de acordo com levantamento feito por O TEMPO por meio de uma lista interna de funcionários, o número é de 945 servidores. Cada um dos vereadores pode nomear até 15 servidores para cargos de confiança, sem concurso público.
Tema é tratado com discrição

A prática do nepotismo na Câmara Municipal de Belo Horizonte é antiga e se perpetua, mas, mesmo assim, vários vereadores ainda não aceitam falar abertamente sobre o tema.

Os parlamentares Balbino das Ambulâncias (PAN) e Moamed Rachid Gariff (PDT), juntos, são suspeitos de empregar, pelo menos, 12 parentes na Câmara dos Vereadores.

Sete funcionários com os sobrenomes Balbino?
e Ferreira aparecem na lista interna da Câmara, assim como cinco Rachid ou Gariff, conforme levantamento feito por O TEMPO.

Os dois foram procurados, com insistência, nos últimos dias, mas não retornaram as ligações para falar sobre os casos. Rachid, além dos cargos de gabinete, conseguiu abrigar uma suposta consangüínea na seção de Registro.

A reportagem entrou em contato com o departamento, mas ela não estava presente no momento. O chefe de gabinete do vereador Balbino contou que os parentes trabalham na Câmara, mas não recebem salário. Segundo ele, a mãe e a irmã de Balbino, na verdade, são voluntárias.

Henrique Braga (PSDB) emprega dois filhos, no entanto, não quis falar sobre o assunto. Ao contrário dos colegas, o vereador Geraldo Félix (PMDB) fala abertamente sobre o tema. Ele não só é adepto antigo do nepotismo, como também um defensor explícito.

Recentemente, em um evento da Associação dos Vereadores de Minas Gerais (Asvemg), o peemedebista proporcionou, ao berros, um espetáculo à parte, para uma platéia de vereadores do interior de Minas.

Sem cerimônia, Félix justificou porque dá emprego para os dois filhos em seu gabinete:?
Nepotismo não é privilégio. O povo quer ter certeza se o parente tem competência para assumir o cargo. Os sobrinhos do papa dominavam a administração do Vaticano. Agora eu pergunto: os parentes dos políticos dominam a administração do Brasil??, questionou.
"É assim eles vão consumido os impostos pagos pelos bobos, e a côrte estabelece as regras do jogo e quem ganha neste jogo já sabemos o resultado. Não existe juiz capaz de mudar as regras estaelecidas a menos que os bobos se revoltem e tira do poder estes canalhas, bandidos, corruptos, nefastos, sanguessugas, covardes, inépitos. Reage Brasil."
fonte:otempo

Vereador Divino Pereira

De: "Divino Pereira" divinopereira@cmbh.mg.gov.br
Para: "geninhasoares" geninhasoares@bol.com.br
Cc: Data: Wed, 30 May 2007 14:48:53 -0300
Assunto: esclarecimento

Prezada Eugênia,
Boa tarde!
Recebi e li com grande carinho o email por você enviado. A despeito das matérias veiculadas na mídia tenho a lhe dizer que:
1º A verba de ajuda de gabinete é necessária, pois um gabinete parlamentar é como um escritório, necessita da compra de materiais diversos de papelaria, postagens de cartas e ofícios, custeio do lanche de funcionários (manhã e tarde), bem como outras despesas que colaboram para o seu perfeito funcionamento. Em relação ao gasto com combustível tenho a lhe dizer que venho para a Câmara Municipal em meu veículo particular e que o carro oficial é destinado, na maioria das vezes, para o transporte de pessoas carentes a hospitais, consultas médicas, exames e outros serviços de utilidade pública e que atendo, principalmente àquelas pessoas, doentes, que necessitam se locomoverem e não possuem recursos para um táxi. Essas informações poderão ser facilmente comprovadas por você, caso queira me fazer uma visita.
2º Volta do Trem da Alegria - de acordo com o publicado na imprensa, o projeto de autoria da Mesa Diretora da Câmara Municipal de BH, tem por objetivo apenas reestruturar o setor de Comunicação Social. Tenho a lhe dizer que o referido projeto não é de minha autoria e que também não faço parte da Mesa Diretora. Sou membro efetivo da Comissão de Saúde e Saneamento e suplente da Comissão de Orçamento e Finanças Públicas. Sou também membro do Conselho Municipal do Idoso. Assumi o mandato de Vereador em 1º de fevereiro deste ano, pois estava na primeira suplência do ex-Vereador e atual Deputado Estadual Walter Tosta.
3º Desde o início de meu mandato posso lhe dizer que compareci a todas reuniões plenárias, bem como reuniões das comissões e tenho por hábito nunca chegar mais tarde ou sair mais cedo de nenhuma delas.. Nunca entreguei um parecer fora do prazo permitido e procuro sempre me pautar pelo profissionalismo e competência para o exercício da função legislativa. Há alguns anos atrás criei o Projeto Vem Viver que é voltado à assistência de jovens carentes da região do bairro Santa Terezinha, Serrano e outros. Na próxima semana estarei inaugurando mais uma etapa do Projeto Vem Viver, agora direcionada aos Idosos.
4º Em meu gabinete na Câmara Municipal não há parentes meus trabalhando. A composição de minha equipe de trabalho se primou pela excelência dos profissionais, que, com competência me assessoram no dia a dia. Houve um criterioso processo de seleção e posso lhe afirmar que não há qualquer grau de parentesco entre os que me auxiliam.
Conforme o descrito acima, prezada Eugênia, venho ratificar o meu posicionamento diante da função que exerço. A filosofia do meu mandato é pautada pela transparência das minhas ações e, mais uma vez, venho lhe convidar para uma visita, quando poderemos sanar alguma dúvida que porventura ainda sobrevir.
Com o desejo de ter atendido aos seus questionamentos, agradeço-lhe pela acolhida.
Atenciosamente,
Vereador Divino Pereira.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Totó Teixeira defende nomeação de parentes


Quarta-feira, 23 de Maio de 2007,
Totó Teixeira defende nomeação de parentes

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Totó Teixeira (PMDB), saiu ontem em defesa dos seus colegas vereadores que empregam parentes na estrutura do Legislativo e Executivo.

Apesar da recomendação do Ministério Público (MP), que quer proibir a prática do nepotismo na Casa e em órgãos ligados à prefeitura, no entendimento do atual chefe do Legislativo municipal, a nomeação de consangüíneos de vereadores não é proibida por lei.

Sou legalista, se o MP me provar juridicamente que tem que exonerar nós vamos fazer de imediato?, afirmou o peemedebista, que abriga o filho em seu gabinete.

Totó informou que na última sexta-feira encaminhou um comunicado interno endereçado aos 40 vereadores da Casa, no qual solicita a lista de possíveis parentes nomeados para cargos de confiança.

Entretanto, o presidente da Câmara admite que é apenas uma ?solicitação?, que pode ou não ser respondida pelos vereadores, para ser remetida ao MP.
?Estou recomendando que informe os nomes porque no meu entendimento não existe regra legal que proíba. Volto a dizer: se o MP determinar com embasamento jurídico que vamos ter que demitir, aí sim vamos tomar as providências?, assinalou.

Ele disse que a relação de funcionários comissionados está publicada no Diário Oficial do Município (DOM), que em tese dá publicidade aos atos políticos dos parlamentares da capital. Segundo ele, seu mandato à frente da Câmara será pontuado pela transparência.

Sobre o nepotismo, alegou:? Essa situação nós vamos ter que estudar. Nós vamos dar transparência para a Câmara, mas com calma e tranqüilidade. Pois, na verdade cada vereador tem o livre arbítrio de contratar quem quiser?, defendeu, ressaltando que muitos vereadores já responderam à requisição da lista de parentes.

Questionado por que a Câmara de Belo Horizonte não dá exemplo para o país, o peemedebista justificou: ?Todas as Câmaras e todas as Assembléias têm parentes trabalhando. Acho que o parente não pode ser penalizado por fazer parte de uma estrutura Legislativa. Vamos fazer um entendimento jurídico?, prometeu.

Vereador rechaça trem da alegria
O presidente da Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte, Totó Teixeira (PMDB), negou ontem que a proposta de lei que pretende reativar o o chamado trem da alegria produza a criação de 68 cargos de recrutamento amplo (sem concurso) na Casa.

Não temos como abrigar esse tanto de funcionários. Isso não existe. Não vamos alterar a lei de terceirizados. Não estamos criamos cargos, somente mais dois?, afirmou o peemedebista, dizendo que não vai contrariar a lei nº 8.655, que extingüiu as vagas em 2003, após assinatura de termo de ajustamento de conduta com Ministério Público (MP).

O vereador salientou que pretende aguardar pronunciamento dos advogados da Casa em relação a proposição. Pelo regimento interno, o projeto que cria mais cargos não precisa passar por comissões porque foi apresentado pela Mesa Diretora.

A relatoria do projeto está com o vereador Ovídio Teixeira (PV), que pode encaminhá-lo diretamente para votação. Indignado com a exposição negativa da Câmara, o vereador Antônio Pinheiro (PSDB) cobrou transparência da presidência.
Porque o senhor não coloca na pauta de votação o projeto contra o nepotismo que está aí há tempo? Nós somos funcionários públicos e precisamos dar satisfação para a sociedade?, reivindicou o tucano. Totó rebateu: ?Não era presidente ainda?.
fonte:otempo

sexta-feira, 25 de maio de 2007

VEREADORES DE BELO HORIZONTE


Câmara contraria MP e cria mais cargos
Graças a um projeto da Mesa Diretora, os vereadores de Belo Horizonte vão poder driblar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Estadual (MPE) em 2003. O texto em tramitação abre brecha para que os parlamentares aumentem a estrutura dos próprios gabinetes ao recrutar servidores efetivos da Câmara. Conforme determinação do MPE, cada vereador dispõe de R$ 26,6 mil mensais para contratar até 15 funcionários sem concurso público.
"Estes são os veredaores de Belo Horizonte. Viva a nossa incompetencia, a nossa burrice."
fonte:hojeemdia

Vereadores de BH fazem a farra do combustível

Câmara de BH gasta em média R$ 6,3 mil mensais por gabinete com transporte, o que daria para percorrer 18 mil quilômetros Em plena discussão sobre os efeitos do aquecimento global e da poluição provocada pelos automóveis, os vereadores de Belo Horizonte dão mais um mau exemplo. Por mês, cada um dos 41 parlamentares gasta, em média, com transporte, R$ 6 mil – uma gasto médio de R$ 250 mil mensais para a Câmara, o que totaliza uma despesa anual de R$ 3 milhões.

O recurso pode ser usado para pagamento de combustível, aluguel de veículos, manutenção, táxi e vale-transporte. Se o valor for usado somente com combustível, cada parlamentar pode rodar, em um carro popular, 900 quilômetros por dia útil , o que equivale a uma viagem de ida e volta de Belo Horizonte ao Rio, de segunda a sexta-feira, ou 18 mil quilômetros mensais.

Se o dinheiro for aplicado em aluguel de carro, é possível locar quatro veículos populares por mês, com 400 quilômetros livres. A locação de veículos realizada diretamente pelos gabinetes é considerada irregular pelo Ministério Público Estadual.

A despesa com transporte é o item que mais consome a verba chamada “ajuda de gabinete”, que tem por objetivo custear os gastos do mandato. Em março, a Câmara gastou com os 41 gabinetes R$ 584.981,79. Com o item transporte foram aplicados R$ 260.097,37, o que implica uma média de R$ 6,3 mil reais por gabinete.

Nos meses anteriores, os valores dos gastos não foram muito diferentes. Até mesmo em janeiro, período de recesso, foram gastos com a verba de gabinete R$ 576.898,00, sendo R$ 245.964,68 com transporte, o que corresponde a R$ 5,9 mil por parlamentar.

Cada vereador pode receber até 15 mil por mês para arcar com o custeio de seu gabinete, o que envolve, além de combustível e locação de veículos, aluguel de imóvel destinado a abrigar a representação parlamentar fora da sede da Câmara, locação de impressoras e computadores, aquisição de softwares, contratação de consultoria técnica-especializada, envio de correspondências, realização de pesquisa ou coleta de dados e pagamento de material de consumo de escritório e copa.

A prestação de contas é apresentada à diretoria administrativa e financeira da Câmara por meio de um formulário padrão, ao qual são anexadas os comprovantes fiscais e recibos. As contas individuais de cada gabinete não são publicadas pela Casa, que divulga em sua página na internet o total com as indenizações dos 41 mandatos.
Não há limite de valor para as despesas com o item transporte, mas todo o custo do mandato só é reembolsável até R$ 15mil.
De acordo com deliberação da Mesa Diretora, os contratos estabelecidos pelo mandato podem ser estabelecidos com pessoa física ou jurídica. O presidente da Câmara, vereador Totó Teixeira (PR), se recusou a mostrar a prestação de contas individuais dos vereadores.

Ele explicou que a Casa divulga o valor total gasto com a ajuda de gabinete , “que é o que a lei determina”. O presidente alegou que a abertura das contas de cada vereador causaria “muito problema e complicação” por que sempre teria “um questionando, alguma coisa”. Segundo Totó, o Tribunal de Constas de Contas do Estado (TCE) recebe da Câmara, anualmente as informações completas de cada gabinete.

"Não dá mais para ficarmos queitos, calados, temos que mudar esta patifaria. Os nossos parlamentares não tem vergonha na cara, são ladrões, larápios, corruptos, canalhas."
Fonte:uai

Vereadores - gastam sem controle.

Vereadores de BH gastam sem fiscalização
Desde 2002 o Tribunal Contas do Estado não julga gastos dos vereadores, investigados por irregularidades com verbas

A prestação de contas da Câmara Municipal de Belo Horizonte não é julgada pelo corte do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE) desde 2002. As contas de 2001 foram aprovadas com ressalvas.

A Câmara é alvo de investigações do Ministério Público Estadual (MPE), que apura a aplicação de verbas indenizatórias, irregularidades na locação de veículos e criação de cargos, além da prática de nepotismo (contratação de parentes). Somente com transporte, cada vereador da capital gasta em média, por mês, R$ 6 mil.

Os custo médio mensal da Casa com essa despesa é de R$ 250 mil, o que significa R$ 3 milhões por ano. De acordo com informações do site do Tribunal de Contas, as contas da Câmara referentes a 2002 estão aguardando parecer e despacho para serem apreciadas pela corte.

Já as prestações de contas de 2003, 2004, 2005 ainda aguardam análise. As contas de 2006 ainda não constam no site do órgão. O presidente do TCE, Elmo Braz, confirmou na quinta-feira o atraso na análise dos processos de prestação de contas.

Ele explicou que o excesso de burocracia, dificuldades de pessoal, o acúmulo de processos, diante do grande número de municípios mineiros, são os principais motivos da lentidão na apreciação dos processos. “Realmente, salvo engano, desde 2002, as contas da Câmara não são julgadas.

Há dificuldades, as vezes o processo sai de uma câmara (instância do tribunal para análise de processos) e vai para outra. O volume de trabalho é muito grande. Mas, nós já estamos estudando mudanças, para dar mais celeridade ao tribunal”, afirmou Braz.

SEM NOTAS
Ao contrário do que havia informado o presidente da Câmara, vereador Totó Teixeira (PR), Elmo Braz afirmou que a prestação de contas dos diversos órgãos não é remetida para o TCE com as cópias de notas fiscais e contratos. Ele explicou que o sistema de envio de documentos é informatizado e contratos, notas fiscais e outros documentos comprobatórios ficam à disposição do TCE nos órgãos de origem e somente são solicitados se houver necessidade, de acordo com a análise dos auditores.

Totó, que negou mostrar a prestação de contas para a reportagem, havia afirmado que os contratos e notas fiscais são enviados ao TCE todos os anos. Os vereadores de Belo Horizonte recebem mensalmente o reembolso de até R$ 15 mil para cobrir despesas do mandato.

O recurso pode ser usado para pagamento de combustível, aluguel de carros, táxi, manutenção de veículos, locação de imóvel para abrigar a representação parlamentar fora da Câmara, aquisição de softwares, aluguel de impressoras e equipamentos de informática, compra de material de consumo de copa e escritório, consultoria técnica-especializada, realização de pesquisa ou coleta de dados e envio de correspondências.

Entretanto, a comprovação fiscal desses gastos é apresentada diretamente à diretoria administrativa e financeira da Câmara, que só publica o total da verba indenizada.

Cobrança
Na quinta-feira, o promotor de Patrimônio Público, João Medeiros, informou que vai enviar à Câmara ofício solicitando informações sobre a aplicação da verba indenizatória. Ele quer saber qual o instrumento normativo serve de base para o pagamento do recurso, o que é permitido reembolsar e como funciona o sistema de comprovação das despesas.

Um outro ofício, solicitando informações sobre a alteração do Projeto de Lei 1.343, também será encaminhado ao Legislativo municipal. O projeto, que trata da reorganização administrativa da Câmara, carrega em seu artigo 2º um inciso, permitindo a recriação de pelo menos 68 cargos extintos em 2003, por determinação do Ministério Público.

A possibilidade de retorno do trem da alegria foi denunciada pelo Estado de Minas .Totó Teixeira já avisou que o polêmico inciso, apelidado de Frankenstein, será retirado. O Ministério Público já solicitou, oficialmente, que a Câmara apresente a lista de parentes contratados e os contratos de locação de veículos. Entretanto, a Casa argumentou que precisaria de 30 dias para organizar e apresentar a documentação requerida, o promotor João Medeiros concedeu um prazo de 20 dias.

"De fato os nossos parlamentares estão fazendo a farra com o dinheiro do contribuinte, este por sinal não passa de uma besta que de quatro em quatro anos renova o emprego ou o direito de roubar destes parlamentares. Se você não concorda com essa canalhice institucionalizada mande um e-mail para o seu vereador e pergunte a ele sobre esta farra com o seu dinheiro.
http://www.cmbh.mg.gov.br. Ainda não sei porque não fazemos um levante e tomamos o poder. SERÁ QUE SOMOS DE FATO CANALHAS, COVARDES, CORRUPTOS, BANDIDOS, NAFASTOS, BOBOS, SURDOS, IDIOTAS, não existe explicação para tamanha passividade."

fonte:uai

sexta-feira, 18 de maio de 2007

NEPOTISMO NA CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE

O Ministério Público Estadual (MP) instalou um inquérito civil público para apurar as contratações na Câmara Municipal de Belo Horizonte. A suspeita é que os vereadores estejam contratando parentes para ocupar cargo em seus gabinetes.
Conforme regimento da Casa, os legisladores podem nomear até 15 servidores para cargos de confiança, sem concurso público, com salários que variam de R$ 367,50 a R$ 6.468 mensais, para uma jornada de oito horas.

Além do subsídio fixo de R$ 7.115, cada um dos 41 vereadores de Belo Horizonte recebe verbas indenizatórias (não incidem no Imposto de Renda) no valor de R$ 15 mil, com a apresentação de comprovantes fiscais e mais R$ 28 mil para o pagamento de funcionários de gabinete, que ocupam cargos com classificação que vai do nível 1 ao 9.

Contando o vencimento fixo e os penduricalhos, o custo político de cada legislador municipal ultrapasssa os R$ 50 mil mensais.Nos corredores e gabinetes, prevalece a lei da mordaça em relação ao polêmico tema do nepotismo, a começar pelo presidente da Casa, Totó Teixeira (PMDB), que não quer nem ouvir falar na lista de parentes.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Vereadores de Belo Horizonte e as eleições de 2008

Neste blog será postado todas as matérias dos trabalhos realizados pelos Vereadores de Belo Horizonte. Com isso esperamos dar mais condições e informações para os eleitores na hora de votar.