sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vereadores de Bh estam se lixando para a opinião publica.

Câmara Municipal de BH ignora escândalo

Parlamentares acusados por ex-colega de receber propina de empreiteira aproveitaram sessão de ontem para se defender e requerer que acusação contra eles seja esclarecida

Apesar do pedido de um grupo de vereadores, a Câmara Municipal de Belo Horizonte não vai investigar as denúncias de que 10 vereadores, entre eles alguns da legislatura passada, receberam propina para aprovar as alterações na Lei de Uso e Ocupação do Solo que permitiram a construção do Boulevard Shopping, um empreendimento privado situado na Avenida dos Andradas, no Bairro Santa Efigênia (Região Leste).
A presidente da Câmara, Luzia Ferreira (PPS), divulgou nota em que afirma que vai aguardar a conclusão das investigações do Ministério Público Estadual para tomar as providências que forem necessárias. O vereador Alberto Rodrigues (PV) disse que é vítima de calúnia por parte de seu ex-colega Sérgio Balbino (PRTB), o Balbino das Ambulâncias, autor da denúncia, e defendeu que o MP dê prosseguimento às investigações do suposto pagamento de propina, para comprovar sua inocência. Segundo Rodrigues, o ex-parlametnar é um “doente mental que se dedicava a atacar pessoas de bem”. Rodrigues, jornalista esportivo há 50 anos, afirmou que vai processar o ex-vereador em razão das acusações infundadas prestadas por ele em dois depoimentos ao MP. E disse que abre seu sigilo bancário para facilitar as investigações. Segundo o vereador, ele votou a favor da aprovação do projeto do Boulevard Shopping porque o empreendimento “era bom para a cidade”.
“Sofri uma injustiça sem prova nenhuma de um psicopata”, afirmou Rodrigues, que foi relacionado ao lado de outros oito vereadores como beneficiário de recursos pagos pela NRG Empreendimentos Ltda, dona de 30% do shopping. Ele contou que o desespero do ex-vereador é por estar desempregado, depois de não conseguir se reeleger. “Eu mesmo estive em uma reunião com alguns vereadores, entre eles o Balbino, e ele ficou implorando ao prefeito Fernando Pimentel um emprego porque não tinha como sustentar seus filhos”, disse o vereador, que ocupou na quinta-feira a tribuna da Câmara para rebater as acusações.
Corregedoria
O líder da bancada do PSDB, vereador Leo Burguês, afirmou que as denúncias são “sérias e muito graves”, por isso deveriam ser investigadas pela corregedoria da Casa. Segundo ele, a bancada protocolou um pedido na presidência da Câmara para que a corregedoria abra processo para investigar o caso. O corregedor João Oscar (PRTB) lamentou as denúncias, mas disse que só pode abrir um procedimento para investigar se for provocado pela direção da Casa. “E a decisão da Casa é aguardar a conclusão das investigações do Ministério Público”. O vereador Geraldo Félix (PMDB) também defendeu as investigações e negou que tenha recebido dinheiro para aprovar o projeto, aprovado ano passado em tempo recorde, dois meses e meio, depois de alguns obstáculos impostos pelos parlamentares, como a redução da área a ser construída proposta pela Prefeitura de Belo Horizonte no projeto original.
O vereador disse que já andava desconfiado de que viria uma “bomba” para cima da Câmara depois da publicação de reportagem pelo Estado de Minas revelando que eles recebem cerca de R$ 53 mil por mês, entre salário e penduricalhos. “Errou, tem de pagar. Tudo o que se faz aqui tem de ser apurado”, defendeu. Rodrigues e Félix foram os únicos vereadores investigados que compareceram ao plenário na quinta-feira à tarde.
A vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), por meio de nota, classificou como “irresponsável” a denúncia feita pelo ex-vereador Balbino. Ela afirma que votou pela aprovação do projeto por causa de sua importância para a geração de empregos na cidade. “Considero que todas as denúncias devem ser apuradas para que aqueles como eu, vítimas de qualquer injúria, possam reclamar seus direitos constitucionais”, diz a nota.
uai

Um comentário:

Anônimo disse...

Como pode o jornal Estado de Minas publicar uma matéria sem provas, colocando nomes de pessoas inocentes na lama e não apurando a verdade dos fatos. Tanto que a Imprensa no geral não está dando muito crédito no que o Balbino disse porque ele vivia aprontando na CMBH e não se postava como um parlamentar e sim um pertubado. Vamos aguardar o MP para descobrir a verdade.